Era uma evolução expetável, num contexto de subida da inflação e de uma nova orientação da política monetária do Banco Central Europeu (BCE), contudo não deixa de ser um marco importante. A acompanhar o aumento das taxas Euribor a três e a 12 meses, também a taxa Euribor a seis meses subiu fixando-se em 0,009%.
As taxas Euribor a três e a 12 meses subiram, no dia 6 de junho, para novos máximos desde junho de 2020 e julho de 2014, respetivamente. No prazo de três meses, a Euribor subiu ao ser fixada em -0,314% e, no prazo de 12 meses, avançou para 0,521%.
Recorde-se que as taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses entraram em terreno negativo em 21 de abril de 2015, 6 de novembro de 2015 e 5 de fevereiro de 2016, respetivamente.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre de -0,605%, em 14 de dezembro de 2021, e de -0,554% e -0,518%, em 20 de dezembro de 2021, respetivamente.
A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente relacionada com as variações das taxas de juro diretoras do BCE. As taxas Euribor começaram a subir de forma mais significativa a partir de 4 de fevereiro deste ano, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro. Uma tendência que foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, a 24 de fevereiro.
As taxas Euribor são consideradas as taxas de referência para todo o tipo de produtos financeiros, nomeadamente, dos empréstimos hipotecários. Por esta razão, as taxas Euribor são atentamente observadas não só pelos profissionais, mas também pelos particulares que sentem as repercussões da progressão das taxas Euribor, mensalmente, nas suas prestações de crédito à habitação.