Governo promove financiamento de € 60 milhões para empresas de turismo

O setor do turismo vai receber um financiamento no valor de 60 milhões de euros. O Governo lançou uma nova linha de financiamento para a «qualificação da oferta turística», a vigorar entre 2016 e 2017.

O primeiro dia da BTL – Feira Internacional de Turismo de Lisboa ficou marcado pelo lançamento de uma nova linha de financiamento para as empresas do sector. O novo instrumento terá uma dotação de 60 milhões de euros, assente num modelo de «partilha de risco e liquidez entre o sistema bancário e o Turismo de Portugal», anunciou Ana Mendes Godinho, Secretária de Estado do Turismo, à Lusa. O objetivo desta linha de crédito é «responder a uma necessidade atual das empresas turísticas a nível do financiamento», explicou a governante, adiantando que este apoio resulta de um «protocolo celebrado entre o Turismo de Portugal e vários bancos», o Millennium BCP, o Novo Banco, o Santander Totta, o Banco BPI, a Caixa Geral de Depósitos, o Banco Popular, o Montepio Geral, o Barclays Bank, a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo, a Abanca, o BPG e o Banco BIC. «O Turismo de Portugal participará nas operações de financiamento com 60% e os bancos com 40%», explicou a secretária de Estado do Turismo.

Com este financiamento adicional o Governo pretende «simplificar e facilitar o acesso ao crédito» por parte das empresas do setor, promovendo «a valorização da oferta turística», com enfoque na «requalificação dos empreendimentos existentes» aliado ao «desenvolvimento de projetos inovadores de empreendedorismo», com o objetivo de «dinamizar o investimento no turismo e qualificar a oferta turística».

O protocolo foi assinado a 2 de março na presença do Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e da Secretária de Estado do Turismo. Os governantes reafirmaram que estes 60 milhões de euros pretendem «responder à dificuldade de acesso ao crédito» por parte das empresas turísticas, sobretudo das micro e pequenas empresas que representam cerca de 98% do setor.

Recorde-se que Ana Mendes Godinho anunciou a intenção do Executivo lançar este instrumento de financiamento, «através do modelo de protocolos bancários», no final de janeiro. Na mesma altura a Secretária de Estado revelou que o Executivo estava a trabalhar num fundo de investimento imobiliário, «criado numa lógica de reforço dos instrumentos de engenharia financeira, quer de capital de risco quer de fundos de investimento imobiliário, especificamente destinados ao turismo», e que o Governo perspetivava, igualmente, o relançamento do ‘fundo de captação de rotas aéreas’ e um novo impulso ao turismo de negócios através do ‘fundo de captação de eventos e congressos’.

As perspetivas apontavam para que tudo estivesse «operacional, a funcionar e disponível para as empresas» até ao final do primeiro trimestre deste ano.