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Habitação acessível é a nova prioridade do Governo

| 25-07-2017
A criação de políticas públicas para habitação acessível, que permitam articular a captação e fixação de residentes nos centros das cidades com a dinâmica do turismo e do alojamento local, serão a «nova prioridade» do Governo na segunda metade da legislatura. 
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A criação de políticas públicas para habitação acessível, que permitam articular a captação e fixação de residentes nos centros das cidades com a dinâmica do turismo e do alojamento local, serão a «nova prioridade» do Governo na segunda metade da legislatura.

O compromisso foi assumido pelo Primeiro-Ministro, António Costa, que falava primeiro em Vila Nova de Gaia e, depois, em Lisboa. A norte, o Primeiro-Ministro, citado pela Lusa, referiu a necessidade de «ter uma política de habitação acessível para a classe média e, em particular, para as novas gerações», que se confrontam com preços «inacessíveis» no mercado imobiliário. Razão pela qual a habitação será «uma nova grande prioridade política que tem que marcar a segunda metade desta legislatura».

Em Lisboa, António Costa recuperou o tema e disse que o Estado «não pode ter esgotado a sua política de habitação nos anos 90 na erradicação das barracas» e «tem de perceber que, tal como acontece em toda a Europa desenvolvida, o acesso à habitação exige políticas públicas».

O Primeiro-Ministro considera que, nas últimas décadas, a política de habitação em Portugal «esteve muito desvalorizada» e que o problema da habitação tem sido resolvido «artificialmente, primeiro com o congelamento das rendas e, depois, com o crédito fácil». Sem pôr em causa a liberalização do mercado, António Costa considera que o essencial é ter políticas públicas que permitam que «a classe média, e em especial as novas gerações, possam ter efetivamente condições de aceder à habitação a custos que sejam acessíveis», insistindo que esta é uma nova prioridade do Governo e «que tem de mobilizar as autarquias, os sectores sociais e também o Estado».

Sobre a pressão do turismo, especialmente sentida nos centros das cidades do Porto e de Lisboa, o Primeiro-Ministro entende que tem de ser assegurado um equilíbrio, que não passe por excluir nem residentes nem turistas dos centros urbanos, pois, referiu ainda, «a alternativa não é acabar com os turistas», mas «criar condições, a par do turismo, para termos habitação acessível, para que os centros das cidades sejam efetivamente vivos e possam ser rejuvenescidos pelas novas gerações».

Turismo nacional cresceu 20% nos primeiros cinco meses do ano

O setor do turismo tem registado números recorde de crescimento e que já não se limitam ao tradicional turismo de sol e praia.

A sul, durante a cerimónia de inauguração da obra de ampliação do terminal do aeroporto de Faro, o Primeiro-Ministro assinalou que este crescimento não é meramente conjuntural, correspondendo antes «a uma mudança do paradigma da oferta turística nacional», que tem vindo «a melhorar de qualidade e a diversificar a sua oferta». E, sinal disso, é que «em 2016 dois terços do crescimento do nosso turismo foi feito na época baixa» disse, acrescentando que «entre janeiro e maio de 2017 o crescimento do turismo a nível nacional foi de 20%» e «o crescimento das dormidas foi de 10,4%».