O Comité Europeu do Risco Sistémico (CERS) divulgou, no dia 11 de fevereiro, os resultados da avaliação transversal dos riscos e vulnerabilidades de médio prazo dos mercados imobiliários residenciais dos Estados-Membros da União Europeia (UE), Islândia, Liechtenstein e Noruega, levada a cabo durante o ano de 2021.
Em 2019 o CERS dirigiu alertas a cinco países (Alemanha, França, Islândia, Noruega e República Checa) e recomendações a seis países (Bélgica, Dinamarca, Finlândia, Luxemburgo, Países Baixos e Suécia).
As recomendações foram endereçadas aos países que, em 2016, já tinham recebido alertas relativos à acumulação de risco sistémico no mercado imobiliário residencial e nos quais a respetiva intensidade se manteve ou agravou, e traduzem-se em medidas concretas que o CERS considera serem necessárias no âmbito da política macroprudencial e de outras políticas, para fazer face aos riscos e vulnerabilidades identificados.
Na avaliação agora publicada, o risco associado ao mercado imobiliário residencial permaneceu elevado em cinco países (Dinamarca, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos e Suécia), 19 países, entre os quais Portugal, apresentam um nível de risco médio, e nos restantes países sujeitos a avaliação esse risco foi classificado como baixo.
Em resultado desta avaliação, foram dirigidos alertas a cinco países (Bulgária, Croácia, Hungria, Liechtenstein e Eslováquia) e endereçadas recomendações a dois países (Alemanha e Áustria).
Em Portugal, o risco foi avaliado como de nível médio e a política macroprudencial implementada pelo Banco de Portugal foi considerada adequada e suficiente para mitigar os riscos identificados.