No primeiro semestre deste ano, o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) registou uma taxa de crescimento da receita de 23,6%, face ao período homólogo. No cômputo dos primeiros seis meses deste ano, a receita fiscal das autarquias já é superior a 1.150 milhões de euros só em impostos sobre o património.
Os números da última Síntese da Execução Orçamental, divulgada pela Direção-Geral do Orçamento (DGO), confirmam o maior dinamismo do mercado imobiliário. No período de janeiro a junho deste ano, a receita fiscal da Administração Local cresceu 10,1%, um aumento suportado essencialmente pelos contributos do IMT, cuja taxa de crescimento da receita foi de 23,6%, e do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), que cresceu 3,8%.
Em seis meses o IMT e o IMI totalizaram 1150,6 milhões de euros de receita, dos quais 420 milhões de transações (IMT) e 730,6 milhões de IMI.
Os resultados da Execução Orçamental do primeiro semestre deste ano confirmam os números do Instituto Nacional de Estatística (INE), referentes ao primeiro trimestre de 2017, que assinalam não só o aumento do número de habitações vendidas como também do valor das vendas.
De acordo com o Índice de Preços da Habitação (IPHab), publicado pelo INE no final do mês de junho, nos primeiros três meses do ano foram transacionadas 35.178 habitações, o que corresponde a um aumento homólogo de 19,4%. Para o mesmo período, o valor das vendas aumentou 25,9%, em termos homólogos, tendo ultrapassado os 4,3 mil milhões de euros, dos quais 3,4 mil milhões referentes a transações de alojamentos existentes.
Também o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), Luís Lima, citado pelo Dinheiro Vivo, assinala um «primeiro semestre muito positivo», com «um crescimento superior a 30%».
Preços das casas em Portugal registam o quarto maior aumento da Zona Euro
Em paralelo, o último relatório do Eurostat assinala a subida dos preços das casas em Portugal, no primeiro trimestre deste ano, a quarta mais acentuada entre todos os países da Zona Euro.
Segundo o Eurostat, os preços das casas em Portugal aumentaram 7,9% nos primeiros três meses do ano, quando comparado com o período homólogo. Entre os países da Zona Euro, apenas a Lituânia (10,2%), a Letónia (10,1%) e a Irlanda (8,9%) registaram aumentos mais pronunciados.
Em média, nos países que partilham a moeda única, os preços das casas aumentaram 4% no primeiro trimestre, o que significa que os preços das casas em Portugal estão a crescer praticamente ao dobro do ritmo registado nos países da Zona Euro.