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O INE publicou esta quarta-feira, dia 10 de setembro, os dados definitivos da inflação média, sem habitação, dos últimos doze meses. Em linha com o previsto, no próximo ano as rendas voltam a aumentar depois de, este ano, já terem registado um aumento de 2,16%. Até agosto, a variação média do Índice de Preços ao Consumidor, excluindo a habitação, foi de 2,24%, valor que serve de base ao coeficiente utilizado para a atualização anual das rendas para o próximo ano, ao abrigo do Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU). Assim, em 2026, as rendas poderão ser atualizadas até um máximo de 2,24%.
O coeficiente de atualização das rendas será publicado, em Diário da República, até 30 de outubro, e só depois os senhorios poderão comunicar aos inquilinos o aumento. Isto porque a atualização do valor da renda à inflação não é automática nem obrigatória. O senhorio, interessado na atualização da renda, deverá comunicar ao arrendatário, através de carta registada com aviso de receção e com uma antecedência mínima de 30 dias, o novo montante da renda, bem como o coeficiente aplicado e demais fatores relevantes utilizados no seu cálculo.
A atualização da renda só pode ter lugar um ano após a data de início do contrato ou da última atualização. A não atualização por parte do senhorio prejudica a recuperação dos aumentos não feitos podendo, todavia, os coeficientes ser aplicados em anos posteriores, desde que não tenham passado mais de três anos sobre a data em que teria sido inicialmente possível a sua aplicação.
Rendas contratadas em Lisboa desceram no segundo trimestre
De acordo com o Índice de Rendas Residenciais (SIR-Arrendamento) da Confidencial Imobiliário, apurado para o segundo trimestre de 2025, os valores dos novos contratos de arrendamento celebrados em Lisboa evidenciam algum arrefecimento. Os contratos de arrendamento praticaram rendas 3,4% abaixo do que acontecia no segundo trimestre do ano passado.
No Porto, no segundo trimestre de 2025, os valores contratados desceram mais uma vez, apresentando uma variação trimestral de -0,7%. Este é o terceiro trimestre consecutivo em que as rendas praticadas neste mercado descem. No entanto, visto tratar-se de oscilações residuais em cadeia (entre -0,3% e -0,7%), a evolução homóloga permanece em terreno positivo. Desta forma, as rendas no Porto registam uma variação de 0,7% ao comparar o segundo trimestre de 2025 com o mesmo período de 2024.
De acordo com o SIR-Arrendamento, a renda média praticada para um apartamento T2 no segundo trimestre de 2025 foi de 1.544 euros em Lisboa e de 1.260 euros no Porto.